Hell uma jovem rica e consumista se apaixona por Andreas
Foto: Lillian
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Dá opressão para os palcos
Seguindo o conceito do “Teatro do Oprimido”, método cujo objetivo é levar as produções teatrais para o público popular, a companhia teatral Enchendo Laje e Soltando Pipa, que atua desde 2004, no Céu Três Lagos, região do Grajáu zona sul da capital, colhe os primeiros resultados positivos da inserção da arte na comunidade. O grupo que possuí 13 integrantes e tem no currículo a autoria de duas peças ganhou pela segunda vez o apoio financeiro do programa de Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura, o VAI que custeia ideias desenvolvidas por moradores de regiões carentes de São Paulo. Através da encenação de temas como preconceito racial, aborto e drogas, a companhia oferece ao público a chance de conhecer o fazer artístico, por meio de oficinas, palestras, saraus e ensaios abertos. Para o ator Fábio Souza é importante levar arte para esse público que se sente por fora.
Gabi recita verso de Carlos Drummond
Foto: Luana Santana
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“Existe muita coisa legal acontecendo em São Paulo, só que fica muito velado aos grandes centros”. Segundo o professor e coordenador Acácio Batista, a escassez de movimentos artísticos na região foi a inspiração para a criação do grupo. Essas iniciativas demonstram que a criação de programas de incentivo ao desenvolvimento da produção cultural local é relevante, pois para muitas crianças e jovens ter a oportunidade de gastar seu tempo livre em atividades artísticas e culturais pode ser crucial no combate a criminalidade e a violência.
Apoio totalmente esses projetos que incentivam os moradores das periferias que muitas vezes não tem oportunidade ou mesmo interesse por arte a se aproximarem dela. O interesse nasce quando a arte se torna acessivel.